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Menos obras, mas com mais unidades entregues

No ano passado, foram entregues 1, 8 mil unidades contra 693 do ano anterior.


A crise financeira internacional desacelerou os lançamentos na construção civil em cerca de 40% no ano passado em Ribeirão, porém, o total unidades entregues na cidade cresceu 110%, no comparativo com o ano anterior. De acordo com os dados da empresa Mercadotecnia, especializada em estratégia de mercado, foram lançadas 2,9 mil unidades imobiliárias no ano passado, contra 7,8 mil em 2008. Já relação a finalização de projetos, foram entregues 1,8 mil unidades em 2009, ante 693 no ano anterior.


De acordo com Giovana da Silveira Marques, analista de mercado da Mercadotecnia, a desaceleração nos lançamentos imobiliários ocorrida em 2009, não significa que o setor teve uma movimentação negativa. "A crise foi muito mais de oferta de produto do que na demanda de mercado. As vendas continuaram aquecidas e a maioria das empresas apenas teve mais cautela para lançar novos empreendimentos."


Ao todo, foram lançados 20 empreendimentos no ano passado, 58% a menos em relação a 2008, quando 48 obras foram lançadas. "Mesmo com essa queda, os incentivos do governo durante a crise ajudaram a alavancar as vendas", disse Giovana.


O bom resultado de vendas foi confirmado pela aceleração de entrega de empreendimentos no ano passado. "Foram obras iniciadas em anos anteriores, como 2008 e 2007, que tiveram pico de lançamentos." Para a empresa Goldfard, que começou a atuar em Ribeirão durante esse período positivo, a crise financeira não impediu os lançamentos em 2009, foram três empreendimentos residenciais com cerca de 400 unidades. "Vimos que existia a demanda e continuamos a investir no mercado. Se a burocracia para a aprovação de grandes projetos não fosse tanta, teríamos realizados mais lançamentos em 2009", disse Antônio Rodrigues da Silva Júnior, gerente de marketing da empresa.


Para o economista Jair Casquel Júnior, os investimentos que não foram realizados em 2009, por conta da postura cautelosa de muitas construtoras perante a crise, devem ser concretizados neste ano. "A tendência é que o mercado fique bem mais acelerado a partir do segundo semestre." (Raissa Scheffer)


Mercado tem queda no VGV


O mercado imobiliário de Ribeirão também registrou queda no Valor Geral de Vendas (VGV) —montante que a empresa espera receber com a comercialização dos empreendimentos— durante o ano passado. Segundo o estudo da Mercadotecnia, o VGV de todos os lançamentos feitos em 2009 foi de R$ 464,2 milhões, 69% a menos em comparação com o ano anterior, que registrou VGV de R$ 1,5 bilhão. "Essa movimentação está relacionada com a queda na oferta de imóveis ocorrida em 2009, por conta da crise", disse a analista de mercado Giovana da Silveira Marques. Entre os anos de 2007 e 2009, segundo a pesquisa, a cidade acumula um VGV de R$ 2 milhões em 13,9 mil unidades lançadas no período. "São números significativos impulsionados pelo bom momento que o setor passou em 2007 e 2008, e que deve ser retomada neste ano", disse o economista Jair Casquel Júnior. A estimativa do estudo é que neste ano, por conta dos imóveis lançados em anos anteriores, sejam entregues cerca de 6 mil unidades imobiliárias em Ribeirão.




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