São Paulo - A impontualidade nos pagamentos de locação residencial na cidade de São Paulo cresceu no primeiro semestre de 2004 em relação aos últimos seis meses do ano passado. Mas, no mesmo período, diminuiu a inadimplência dos locatários. Ou seja: os inquilinos deixaram de atrasar o pagamento dos aluguéis por mais de dois meses – o que caracterizaria inadimplência - e, ainda que não paguem em dia, passaram a honrar seus compromissos com atraso inferior a um mês.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Mercado de Locação Residencial, realizada com 155 empresas do ramo imobiliário pelo Sindicato das Empresas do Setor Imobiliário (Secovi-SP), entre janeiro e junho deste ano. O estudo mostrou uma retomada dos negócios de aluguel, depois de dois anos de estagnação.
Segundo a pesquisa, a impontualidade dos inquilinos nos apartamentos de dois dormitórios cresceu 10,6% no primeiro semestre do ano em relação aos últimos seis meses de 2003. O índice saltou de 11,3% para 12,5% no período. Entre os inquilinos de casas e sobrados, também de dois dormitórios, o índice de impontualidade saiu do patamar de 14,4% para 16%, um crescimento de 11,1%. Na contramão, a inadimplência caiu entre os inquilinos desses tipos de imóveis. Em apartamentos, o índice ficou 9,5% menor, enquanto em casas e sobrados, a diminuição foi de 11,9%.
Quanto mais dormitórios tem o imóvel, mais tempo o proprietário leva para locá-lo. As taxas de vacância são maiores nas casas e nos sobrados com mais de dois dormitórios, que têm índice médio de 22%. A procura por imóveis de dois dormitórios é maior, o que reduz a taxa de vacância das casas e dos sobrados para 18%. Nos apartamentos, a vacância é menor (17%) nas quitinetes. Dependendo da região, a vacância varia de 18% a 25%. Um dos principais fatores de decisão do cliente na locação de imóveis é o número de dormitórios.