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Avenida Presidente Vargas: sinônimo de pujança comercial.











Orestes Moquenco

Não adianta contestar. A Avenida Presidente Vargas, que tem início no cruzamento com a Avenida 9 de Julho, indo até a rotatória do RibeirãoShopping, é o maior e mais apropriado corredor comercial da cidade.
Ribeirão Preto está muito bem servido e a Presidente Vargas é um reforço de peso. O comércio toma conta da via expressa há muito tempo. Espaço para residências acabaram. São raras atualmente as existentes e dentro de pouco tempo não restará lugar para mais nenhuma. Não tem para onde correr, teimosia será alguém querer continuar usando a Avenida Presidente Vargas como local residencial. Mais hora ou menos hora, vai ficar sem moradia.
Nesta avenida o comércio ‘expulsou’ os que faziam da região seus ‘lares doces lares’. O progresso é devassador e não tem volta, em suas duas mãos de direção o comércio é mais do que diversificado, vai de bancos a estacionamentos, passando por lojas de móveis e de automóveis, locadora de motocicletas, centros automotivos, bares, restaurante, lavanderia de roupas, postos de gasolina, butiques, aparelhos eletrônicos, colégio ao lado de boate, entre outros.
Na Presidente vale tudo e quem se estabelece na via não quer saber de outro lugar para dar prosseguimento ao seu comércio, qualquer que seja o ramo de atividade, no local a garantia de sucesso é quase uma certeza.
É o corredor comercial que dá acesso ao RibeirãoShopping e isso valoriza a região. Quando alguém pergunta: ‘Onde é que fica o RibeirãoShopping?’ A resposta vem imediatamente: ‘Você vai pela Presidente Vargas, e ao chegar no final dela você logo avistará o shopping. Não tem como errar’. Com a vinda desse centro comercial, a avenida ficou mais famosa e passou a ser referência.
‘De olho na Fiusa’
Como se não bastasse todo o poderio comercial que a Avenida Presidente Vargas tem, a pujança afeta o seu arredor, principalmente a Avenida João Fiusa, que cruza com a referida.
O ‘boom’ da construção de condomínios residenciais alimenta a região. São prédios entregues dia sim e outro também, atraindo muita gente para circular naquele pedaço e usar o que a Presidente Vargas oferece de melhor. A região não se faz de rogada, e toma dimensões cada vez mais incontidas. A bem da verdade, o trânsito é complicado em horários de pico, mas este grande empecilho que atrapalha quem circula pela Presidente, não afugenta moradores e comerciantes locais.
O empresário João Luis Borges, proprietário de loja de eletroeletrônicos e estabelecido no corredor comercial há 10 anos, previu o ‘estouro’ antecipadamente. A marca dele tem 50 anos e começou na rua Duque de Caxias, no centro da cidade, passando para a rua Visconde de Inhaúma, RibeirãoShopping e finalmente na Presidente Vargas, “Estou aqui há muito tempo e vi a avenida crescer. Este corredor comercial ficou muito forte e pode crescer ainda mais. As adjacências da Presidente crescem dia-a-dia, aproveitando o movimento da avenida”, comenta.
Poluição visual - O lema: ‘propaganda é alma do negócio’ é seguido à risca na Avenida Presidente Vargas. Tão à risca que algumas marcas acabam cobrindo outras. O poder econômico manda em quase tudo – ou tudo? - e quem pode mais acaba chorando menos ou não chorando.
São placas, plaquetas, plaquinhas, outdoors, back light, front light e outras maneiras das empresas mostrarem suas marcas. Para alguns empresários, o excesso de informação acaba provocando poluição visual. Muitas empresas ‘somem’ entre as inúmeras propagandas esparramadas ao longo da avenida.
São diversificadas em altura, largura e cumprimento , “algumas são tão imponentes que dão até medo”, comenta um dos empresários estabelecidos naquele corredor comercial. Porém, a ‘lei do aparecer’ é mais forte do que qualquer que seja a lei regulamentada por um órgão municipal, estadual ou federal. Para a felicidade geral dos empresários, ‘ a minha propaganda está no lugar mais alto e melhor’, observa um deles.

Getúlio Vargas, o ditador

Getúlio Dornelles Vargas (19/4/1882 - 24/8/1954) foi o presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois mandatos. De origem gaúcha (nasceu na cidade de São Borja), Vargas foi presidente do Brasil entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.
Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução no mesmo ano, derrubando o governo de Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes, caracterizaram-se pelo nacionalismo e populismo. Sob seu governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fechou-se o Congresso Nacional em 1937 e foi instalado o Estado Novo, passando a governar com poderes ditatoriais.
Sua forma de conduzir a nação sempre foi centralizadora e controladora. Criou o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) para controlar e censurar manifestações contrárias ao seu governo. Perseguiu opositores políticos, principalmente partidários do comunismo.
Realizações
Criou a Justiça do Trabalho (1939), instituiu o salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas.
Getúlio Vargas investiu muito na área de infra-estrutura, criando a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Em 1938, criou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Saiu do governo em 1945, após um golpe militar.
O segundo mandato
Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste governo continuou com uma política nacionalista. Criou a campanha do “Petróleo é Nosso” que resultaria na criação da Petrobrás.
O suicídio de Vargas
Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento com uma frase conhecida até mesmo pelos menos afortunados culturalmente: “Deixo a vida para entrar na História.” Até hoje o suicídio de Vargas gera polêmicas.
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