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Após três anos de alta, preço de imóvel pode cair a partir dos próximos meses

Um esquilo busca avidamente sua noz na animação "A Era do Gelo". Com a mesma obstinação, muitos focam cegamente a realização do sonho da casa própria. Mas, considerando o atual nível de preços dos imóveis, é mais vantajoso comprar ou alugar?


A decisão é complexa porque extrapola a esfera das finanças -que já é complicada. Emocional, a decisão tem como pano de fundo as sensações de status e segurança.


Do ponto de vista financeiro, as condições atuais tornam o aluguel mais vantajoso, já que o reajuste não acompanhou a valorização abrupta dos imóveis.


Hoje é possível alugar um residencial por menos de 0,6% do preço de mercado do imóvel. Considerando uma aplicação (CDB, fundo DI ou Tesouro Direto, por exemplo), com rendimento de 0,85%, já descontados os impostos, quem tem no bolso o suficiente para pagar o imóvel à vista pode, em vez de comprar, alugar um local semelhante e obter ganho.

Além disso, quem compra agora pode cometer o grave erro de comprar na "alta". Os preços dos imóveis também estão sujeitos a oscilações.


Após três anos de aumentos consecutivos, já estamos perto do ápice da valorização.


Ou seja, os valores dos imóveis podem cair nos próximos meses. Outro fator a ponderar são os custos de transação (como cartório e impostos), que chegam a 6% do valor do bem.


Se o período de ocupação for inferior a sete anos, não haverá tempo para diluir esses custos, cobrados à vista.


Tudo isso não significa que a compra de um imóvel no atual cenário é, por definição, ruim. Trata-se de um sonho a realizar. No entanto, é preciso evitar a precipitação do esquilo que quer sua noz a qualquer custo. Ninguém deseja ver suas finanças entrarem na era do gelo.

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