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Esmeralda, a grama da vez.

foto: Weber Sian/A CIDADE
É a bola da vez. As lojas especializadas garantem. A grama Esmeralda é a preferida entre as pessoas que querem fazer um paisagismo no jardim de casa, do escritório ou de uma área comercial aberta. De origem japonesa, a Esmeralda tem como nome científico, Zoysia japonica Steud. Ela se caracteriza pelas folhas em forma de lança, pequenas, estreitas, muito densas e pilosas que oferecem grande densidade, forma um tapete verde muito uniforme e ornamental.
Essa é uma das razões que faz o sucesso da Esmeralda. “Foi uma grama que se adaptou muito bem ao clima de Ribeirão Preto”, diz a comerciante Patrícia Junqueira Bizarro da Cruz que vende em média dois caminhões da grama por semana. De acordo com o comerciante Diego Paiva, que vende cerca de três caminhões por semana, é a grama ideal para o sol, muito embora chegue a tolerar um pequeno período de sombra. “A venda da Batatais não chega a 1% da Esmeralda”. Em locais muito sombreados, a Esmeralda fica rala. “Por isso é bom usar esse tipo de grama em projeto de paisagismo a céu aberto, com muita irrigação”. Devido à sua natureza, essa grama é receptiva à água. “Onde há Esmeralda, o ambiente fica úmido porque ela consome bastante água”, explica. Com manutenção adequada, apenas água e sol são suficientes para manter a qualidade do gramado.
Entre as principais vantagens, estão seu grande efeito ornamental, baixo índice de infestação de plantas daninhas, a baixa manutenção, a facilidade do plantio e a alta resposta à adubação nitrogenada.
Plantio
De acordo com Paiva, para plantar a grama, qualquer que seja ela, é preciso limpar todo o terreno retirando todas e quaisquer plantas existentes. “Se houver erva daninha, ela perfura o tapete original da grama e cresce junto com a nova planta, dificultando a manutenção e limpeza”. O primeiro passo, então, é preparar adequadamente o solo, o que implica em eliminar totalmente pedras, entulhos, ervas daninhas e pragas como cupins e formigas no local onde se pretende gramar. Dependendo do nível de infestação de ervas daninhas devem-se aplicar herbicidas específicos. Depois da limpeza, uma rápida verificação no terreno pode ser suficiente para identificar a necessidade de trato do solo, basicamente à base de NPK.
Recomendada para gramados residEnciais e áreas verdes nobres, a Esmeralda tem média resistência ao pisoteio e não exige podas tão freqüentes quanto sua principal concorrente na região, a grama Batatais, o que barateia a manutenção.
“Se fizermos uma projeção, para cada 10 mil m² de Esmeralda, o cliente gasta R$ 30 mil no plantio, contra R$ 20 mil se optar pela grama Batatais”, explica Paiva. Apesar da diferença de um terço no valor do plantio, a manutenção acaba revertendo a relação custo-benefício. “Esse plantio vai exigir da Batatais três manutenções que custam R$ 6 mil no total contra apenas uma da Esmeralda, a R$ 2 mil”. Com terreno limpo e solo preparado, a grama ganha densidade desejada o que garante baixa incidência de ervas daninhas, que acabam aparecendo apenas perto da época do plantio, diminuindo depois conforme a grama vai adensando. “É comum trabalharmos em jardins para trocar a grama Batatais pela Esmeralda”, asseguram os comerciantes. Em um desses trabalhos, Paiva trocou toda a grama de um haras. “Os cavalos fazem o mesmo caminho na grama e, com a Batatais, o caminho acaba virando trilha porque a grama morre e não cresce mais”. Foi o pai dele, por exemplo, quem fez os reparos do gramado do Estádio Santa Cruz, ao ser recém coberto pela Esmeralda. Outras gramas comuns em Ribeirão Preto são a São Carlos e a Santo Agostinho, mais utilizadas, segundo Paiva, em ambientes em que há maior incidência de sombras.


Publicado em 15/05/05

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