Empreendimentos com projetos de arquitetura de qualidade tendem a ganhar mais valorização.
A queda dos juros ajuda a valorizar determinados imóveis de Ribeirão Preto, ao mesmo tempo em que desvaloriza os investimentos financeiros.
A avaliação é do empresário Eduardo Nogueira, diretor regional do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP).
"Na média, uma aplicação financeira rende 0,5% ao mês, enquanto imóveis da cidade chegam a valorizar mensalmente até 1%", diz ele.
Essa diferença, afirma, só crescerá com a escalada de redução dos juros. Entre esta quarta (18) e quinta-feira (19), o Copom deverá confirmar essa tendência com a esperada diminuição de 0,75% da taxa básica (Selic), o que a deixará com 9% por ano.
Segundo o diretor do SindusCon, para garantir o retorno de até 1% ao mês, ou "ter saída", como se diz no mercado imobiliário, o imóvel precisa atender alguns requisitos.
O primeiro deles é ter um projeto de arquitetura de qualidade. Outro é estar localizado em bairros da zona Sul, região de forte investimento imobiliário.
Outro benefício em favor dos imóveis é ter um vigia urbano. "É uma padaria, uma vizinhança, alguém que observe quem passa diante o imóvel", explica Nogueira.
Em sua opinião, o mercado imobiliário de Ribeirão tende a avançar pela zona Sul nos próximos dez anos, com 60% de empreendimentos horizontais (condomínios e loteamentos) e 40% verticais.
"A zona Leste também é promissora, assim como a zona Norte, que tem área nova prevista no Plano Diretor", diz, lembrando que os financiamentos de bancos ajudam a manter o mercado aquecido.
Em sua opinião, é possível fazer empreendimentos de excelência para as classes sociais emergentes dentro de programas como o Minha Casa, Minha Vida. "Temos técnicos excelentes na Secretaria de Planejamento, que libera os projetos, e só diria que a ocupação de novas áreas deva ocorrer com qualidade".