O volume total de ações locatícias distribuídas na comarca da capital de São Paulo registrou ligeiro aumento de 1,85% em maio na comparação com abril. No mês passado, registraram-se 2.151 ações contra 2.112 de abril, segundo dados levantados pelo Secovi-SP (sindicato da habitação) junto ao Tribunal de Justiça. O total ainda é inferior a março, quando ocorreu volume de 2.643 ações.
Para o vice-presidente de Locação do Secovi-SP, Sergio Luiz Abrantes Lembi, apesar de pequeno, o crescimento pode ser explicado pelo desemprego, que continua em ascensão.
"No mês passado, o número de ações locatícias teve queda, refletindo a calmaria normal do período pós festas de fim de ano. Mas não há mercado que passe incólume diante de um desemprego superior a 13% da população economicamente ativa", pondera Lembi.
As ações por falta de pagamento, responsáveis por cerca de 93% no volume total das ações em maio deste ano, registraram crescimento de 1,21% e foram responsáveis pela variação global. Já as ações ordinárias (cerca de 4% do total) foram as que mais cresceram, com 20,3%.
As ações renovatórias (participação aproximada de 1,9%) registraram aumento de 13,9%, de abril para maio, e as consignatórias (0,9%) foram as únicas que sofreram redução, com queda de 20%.
"A forte alta da denúncia vazia em maio pode ser decorrência da expressiva queda que esse tipo de ação registrou em abril (-35,65%)", diz Hubert Gebara, diretor da Hubert Imóveis. Para ele, a pequena alta das ações de despejo por falta de pagamento "não alterou a tendência de baixa que essas ações vêm apresentando nos últimos anos".
Considerando-se o acumulado nos cinco meses deste ano com o mesmo período de 2003, houve queda de 14,7% no número de ações por falta de pagamento, o que puxou para baixo o acumulado total do ano, com diminuição de 14,6%.
Na comparação com maio de 2003 (um ano atrás), houve redução de 20,5% (2.151 ações contra 2.707) no volume total de ações locatícias. As que mais cresceram foram as renovatórias, com variação de 57,7%. Por outro lado, as ações por falta de pagamento encolheram 21,3%.